10/04/2025
“Eu queria tanto ter falado naquela hora… mas congelei.”
Se essa frase soa familiar, talvez você esteja vivendo uma luta silenciosa que muitas pessoas enfrentam todos os dias: a timidez.
Como psicóloga, acompanho de perto o sofrimento de quem sente vontade de participar, de se expressar, de se mostrar — mas não consegue. Há um muro invisível entre o que se pensa e o que se fala. A mente quer interagir, mas o corpo trava: o coração acelera, a voz falha, o rosto esquenta, e o silêncio vira refúgio.
A timidez não é simplesmente “ser quieto”. É um desconforto real diante do olhar do outro. É o medo constante de ser julgado, de parecer inadequado, de errar. E muitas vezes, por trás desse medo, existe uma história: críticas, comparações, cobranças, experiências de rejeição.
E a verdade é: isso não define você. Timidez não é um defeito, mas também não precisa ser uma prisão.
Na psicoterapia, a timidez é acolhida com escuta, cuidado e estratégia.
O processo envolve entender suas raízes, validar as emoções e, pouco a pouco, fortalecer a autoestima. Não buscamos transformar a pessoa em alguém expansiva, mas sim ajudá-la a ocupar seu espaço no mundo de forma segura e autêntica.
Você não precisa ser o mais falante da sala para ter valor.
Mas merece poder se expressar, se posicionar, e ser escutado — sem que isso custe tanto emocionalmente.
A sua voz importa. Mesmo quando você ainda está aprendendo a usá-la.
Com carinho,
Laryssa Santiago
Psicóloga Clínica – CRP 06/197606